Titulo: A Elite
Autor: Kiera
Cass
Editora: Seguinte
Nº de Páginas: 354
Nota: 4.0
Sinopse: A Seleção começou com
35 garotas. Agora restam apenas seis, e a competição para ganhar o coração do
príncipe Maxon está acirrada como nunca. Só uma se casará com o príncipe Maxon
e será coroada princesa de Illéa. Quanto mais America se aproxima da coroa, mais
se sente confusa. Os momentos que passa com Maxon parecem um conto de fadas.
Quando ela está com Maxon, é arrebatada por esse novo romance de tirar o
fôlego, e não consegue se imaginar com mais ninguém. Mas sempre que vê seu
ex-namorado Aspen no palácio, trabalhando como guarda e se esforçando para
protegê-la, ela sente que é nele que está o seu conforto, dominada pelas
memórias da vida que eles planejavam ter juntos. America precisa de mais tempo.
Mas, enquanto ela está às voltas com o seu futuro, perdida em sua indecisão, o
resto da Elite sabe exatamente o que quer — e ela está prestes a perder sua
chance de escolher. E justo quando America tem certeza de que fez sua escolha,
uma perda devastadora faz com que suas dúvidas retornem. E enquanto ela está se
esforçando para decidir seu futuro, rebeldes violentos, determinados a derrubar
a monarquia, estão se fortalecendo — e seus planos podem destruir as chances de
qualquer final feliz.
ESTA RESENHA POSSUI SPOILER DO LIVRO ANTERIOR
Resenha: Quem leu
a resenha que fiz do primeiro livro aqui, sabe que eu terminei A Seleção com a
faca nos dentes para matar a América. Mas
ok, vamos ao que interessa. Antes quero dizer, mais uma vez, que odeio
triangulo amoroso, odeio mocinha indecisa (o), o-d-e-i-o. E essas foram as duas
coisas que mais me incomodaram nesse livro.
A Elite é a segunda fase da seleção, 29 garotas já
saíram da disputa, restando apenas seis. Mesmo depois da pegação com o Maxon em
A Seleção, a America está mais indecisa do que nunca (tive que exercitar a
paciência), as confusões mentais dela chegam a irritar, sério. O coração do
príncipe é praticamente dela, e ele já deixou isso claro no primeiro livro, mas
a nossa protagonista é tão burra que consegue deixá-lo se interessar, de
verdade, por outra.
“— America, não existe nenhuma dúvida de que você ganhou meu coração desde o começo. Você já sabe disso a essa altura. Quando ele levantou o olhar para mim, pude ver em cada pedaço dele e sentir em cada parte de mim que aquilo era verdade.(...) — Mas o que você não ganhou ainda é a minha confiança. ”
Com o crescente interesse do Maxon pelas outras
participantes, America começa a descobrir um sentimento novo: o ciúme. Ai você
pensa: legal isso muda tudo e ela percebe
que TEM que ficar com o Maxon. Para nossa desgraça isso não acontece e ela
continua mudando de ideia entre Aspen ou Maxon, Maxon ou Aspen (gosto cada vez
menos dele, sério, para mim ele é tipo um Gale de Hunger Games, só está na
história para atrapalhar e poderia estar morto que não faria a menor diferença)
na velocidade da luz, ou de poucas linhas, para ser mais precisa.
“Eu tinha medo. Medo de que os sentimentos de Maxon não fossem tão autênticos como pareciam; medo das implicações de ser princesa; medo de perder Aspen.”
No meio dessa indecisão, da competição e dos ataques
rebeldes, que estão cada vez mais frequentes, ela pede um tempo (WHAT?) pro
Maxon que aceita e diz que ela pode ter o tempo que achar necessário para ter
certeza de seus sentimentos (é um santo esse homem, quem é que atura isso? Eu
já tinha mandado ela embora da seleção faz é tempo).
“Era impossível. Eu tinha que escolher. Aspen ou Maxon? Mas como decidir entre duas boas opções? Como decidir se qualquer escolha deixaria parte de mim destruída? Me consolei com o pensamento de que ainda tinha tempo. Eu ainda tinha tempo.”
O lado político e social ganha um pouco mais de
destaque nesse livro, não tanto quanto deveria e, apesar das pinceladas rápidas
no assunto, continuamos sem entender o que realmente acontece em Illéa, mas
essas poucas ilustrações foram quase suficiente para aliviar nossa mente da
intempestividade temperamental e sentimental da America. A família dela, a
família real e outros personagens secundários ganham mais espaço nesse volume,
e isso ofereceu ao leitor um novo ponto de vista, ajudou a entender mais os
personagens. A escrita é simples e, por ter muita reviravolta graças a America,
a leitura flui bem e envolve o leitor.
“Quem era aquele homem para me dar ordens? Sim, era o rei; mas, na verdade, era apenas um tirano. Por algum motivo, ele acreditava que manter todos ao seu redor oprimidos e quietos era um favor que nos fazia. Como poderia ser uma bênção viver à margem da sociedade? Como poderia ser bom que todos tivessem limites em Illéa, menos ele?”
A Elite foca bem nas atividades das seis
participantes que restaram, e na questão que assola os dias da America: o que
decidir quando não só o amor está em jogo, mas também o futuro do país? O final
do livro é tão arrancador de cabelos quanto o outro e eu tive que esperar cerca
de um mês para ler a continuação, A Escolha, e foi uma espera agonizante onde
eu imaginei trocentos finais possíveis para o encerramento da trilogia.
Se
eu indico? Apesar de
tudo eu gostei do livro, mas juro que não sei se indico então se decidir ler, recomendo
que tenha paciência... muita.
PS: Kiera lançou dois contos que tem dois personagens importantes na trama
como protagonistas: Contos do Príncipe e O Guarda, contados sob a visão de
Maxon e Aspen, respectivamente. Quem me conhece sabe que eu detesto ler a mesma
história sob a perspectiva de outro personagem, acho uma aporrinhação sem fim.
Então, depois de muita luta interna, resolvi ler apenas o do Maxon, é bom e me
fez ficar mais apaixonada por ele, se é que isso é possível. O conto fala um
pouco mais sobre a vida dele como príncipe, as pressões que ele enfrentou e
enfrenta... enfim, leiam.



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