Titulo: Um Mais Um

Autor: Jojo Moyes

Editora: Intrínseca

Nº de Páginas: 320

Nota: 5.0

Sinopse: Há dez anos, Jess Thomas ficou grávida e largou a escola para se casar com Marty. Dois anos atrás, Marty saiu de casa e nunca mais voltou. Fazendo faxinas de manhã e trabalhando como garçonete em um pub à noite, Jess mal ganha o suficiente para sustentar a filha Tanzie e o enteado Nicky, que ela cria há oito anos. Jess está muito preocupada com o sensível Nicky, um adolescente gótico e mal-humorado que vive apanhando dos colegas. Já Tanzie, o pequeno prodígio da matemática, tem outro problema: ela acabou de receber uma generosa bolsa de estudos em uma escola particular, mas Jess não tem condições de pagar a diferença. Sua única esperança é que a menina vença uma Olimpíada de Matemática que será disputada na Escócia. Mas como eles farão para chegar lá? Enquanto isso, um dos clientes de faxina de Jess, o gênio da computação Ed Nicholls, decide se refugiar em sua casa de veraneio por causa de uma denúncia de práticas ilegais envolvendo sua empresa. Entre ele e Jess ocorre o que pode ser chamado de ódio à primeira vista. Mas quando Ed fica bêbado no pub em que Jess trabalha, ela faz questão de deixá-lo em casa, em segurança. Em parte agradecido, mas principalmente para escapar da pressão dos advogados, da ex-mulher e da irmã — que insiste em que ele vá visitar o pai doente —, Ed oferece uma carona a Jess, os filhos e o enorme cão da família até a cidade onde acontecerá o torneio. Começa então uma viagem repleta de enjoos, comida ruim e engarrafamentos. A situação perfeita para o início de uma história de amor entre uma mãe solteira falida e um geek milionário. 

Resenha: Sou muito, mas muito suspeita para falar sobre qualquer livro da Jojo. Amo os livros dela, amo a forma como ela escreve, sou apaixonada por todos os personagens, enfim. Nem preciso dizer que comecei a ler esse livro com as expectativas lá no teto né? E preciso dizer que todas foram superadas com louvor. Terminei Um Mais Um querendo casar com o Ed, assim como terminei Como Eu Era Antes de Você querendo casar com o Will, mesmo os livros sendo tão diferentes.

Um Mais Um é tão envolvente que não tinha sequer uma página em que eu não prendesse a respiração por cinco segundos. O livro é divertido, romântico, emocionante e dramático. Nele, conhecemos a história de Jess, mãe solteira, abandonada pelo ex marido Marty, que a deixou sozinha para cuidar dos filhos Tanzie, filha dos dois, e Nicky, filho de Marty com outra mulher, mas que Jess acolheu e cuida como se fosse dela. Marty é ausente, não a ajuda em nada e não demonstra qualquer interesse pelos filhos. Já dá para imaginar a complicação que a vida dessa família né?

Jess tem que, sozinha, enfrentar os vizinhos valentões que praticam bullying e batem em Nicky, além de ter que lidar com a super inteligência de Tanzie, que é um prodígio em matemática e, para continuar a evoluir, precisa mudar para um colégio particular, e caro (mesmo que ela tenha conseguido uma bolsa de 90%). Ainda que tenha dois empregos, a grana que Jess arrecada é curta e mal dá para sustentar os filhos. Pensa numa mulher que mesmo passando pela maior dificuldade do mundo procura ser forte e ver o lado bom das coisas? Ela é apaixonante, sério! A força e a garra dessa mulher são incríveis! 

Em meio a correria entre os dois trabalhos, os caminhos de Jess e Ed se cruzam e qual não é a surpresa dela ao descobrir que se cruzam nos dois empregos. Ed é um Geek, gênio da computação, empresário e milionário que está passando por um perrengue danado depois de ser acusado de usar informações privilegiadas para lucrar em cima de sua própria empresa. Ah! E ele é lindo, o Ed é lindo demais! Me apaixonei, piriguetagem literária, eu sei, mas é a vida.  

Jess se vê completamente perdida quando viajar para a Escócia, para que Tanzie participe de uma Olimpíada de Matemática que dá prêmios em dinheiro, é sua melhor chance para conseguir custear o ensino da filha. Mas de onde ela tiraria dinheiro para levar Tanzie, Nicky e Normam, o cachorro, para a Escócia? Eu conto! Ed, após saber do drama da família, e se sentindo culpado por ter sido mal educado com Jess em outra ocasião, oferece uma carona até a Escócia! A partir de então começa a deliciosa, e divertida, aventura da família nada convencional de Jess, no carro luxuoso, e outrora limpo, de Ed. Tem muita risada, romance, momentos de tensão, choro e o mais legal é ver a evolução de como eles deixam de ser completos estranhos e passam indispensáveis na vida do outro.

 “Quando ele sorria, ela não conseguia evitar sorrir também. Quando ele parecia triste, algo dela se quebrava de leve. Jess observava-o com seus filhos, a naturalidade com que ele admirara uma foto que Nicky havia tirado com seu celular, a seriedade com que levara em conta um breve comentário de Tanzie – o tipo de comentário que teria feito Marty revirar os olhos -, e desejou que ele já fizesse parte de suas vidas há muito tempo.” (Visão de Jess sobre Ed)

O livro todo é narrado em terceira pessoa e em cada capítulo alterna sob a visão de cada personagem, um charme só! Os personagens, assim como todos da Jojo, são muito bem construídos e merecem todo mérito pelo quão cativante a história é. A escrita é simples e super gostosa de acompanhar, flui que é uma beleza. Enfim gente, a história é fantástica, me apaixonei pelo livro e estou extasiada com a grandeza da reflexão sobre amor, dificuldades e persistência que ele causa.

“Coisas boas acontecem. Às vezes quando menos se espera.”

Se eu indico? Sim, sim, sim! 

Trailer final do longa será divulgado na próxima sexta feira, dia 24/07

Pois é galera, o trailer final de Mockingjay Part 2 (Jogos Vorazes – A Esperança: O Final) será divulgado na sexta feira e eu já estou com dificuldade para respirar desde hoje. Não sei lidar com essa trilogia, sorry. Na parte 2, que supostamente é o último filme da franquia (espero que seja, não vejo sentido em produzirem outros filmes sem embasamento literário), os rebeldes do Distrito 13 estão mais unidos do que nunca e finalizam a rebelião invadindo a capital. O elenco, conta com os atores principais dos filmes anteriores, Jennifer Lawrence, Josh Hutcherson e Liam Hemsworth, além de Natalie Dormer, Julianne Moore, Sam Claflin, Jena Malone Elizabeth Banks, Donald Sutherland, Woody Harrelson, Stanley Tucci e Philip Seymour Hoffman

O trailer foi exibido na Comic-Con 2015, e  os privilegiados que assistiram relataram que está de tirar o fôlego. 

No twitter da franquia foi divulgado um teaser para promover o trailer final.

Você ainda não havia assistido ao primeiro trailer? Não tem problema, olha aí!

Mockingjay Part 2 chegará aos cinemas no dia 20 de novembro de 2015. 

Aproveitando, vocês viram as fotos de divulgação do filme? Não? Então segura o queixo e dá uma olhada aí (não são todas, só as que mais gostei): 

Titulo: Longe Demais – Going Too Far

Autor: Jennifer Echols

Editora: Pandorga

Nº de Páginas: 238

Nota: 4.0

Sinopse: Tudo o que Meg sempre quis foi fugir. Fugir do colégio. Fugir da sua pacata cidade. Fugir de seus pais, que pareciam determinados a mantê-la presa em uma vida sem futuro. Mas, em uma noite louca envolvendo trilhos de ferrovia proibidos e desafiadores, ela vai longe demais... e quase não consegue voltar.

John escolheu ficar. Para impor o cumprimento das leis. Para servir e proteger. Ele desdenha a rebeldia infantil e quer ensinar a Meg uma lição que ela não esquecerá tão cedo. Mas Meg o leva ao limite ao questionar tudo o que ele aprendeu na academia de polícia. E quando ele a pressiona para saber por que ela não se prende a nada, a resposta os levará a um caminho sem volta...

Resenha: Antes de qualquer coisa quero dizer que essa capa é medonha e que ela é a razão por eu ter postergado tanto a leitura. Ela diz uma coisa e a sinopse diz outra, não gostei. Fora isso, eu amei o conteúdo e vou começar a explicar o porquê. Apesar de eu ter lido muitas coisas boas sobre o livro, não tinha grandes expectativas por causa da capa, então, cada linha era uma surpresa muito boa, pois descobri um romance leve, com pitadas de drama, voltado para o público jovem.

Meg, jovem, inconsequente, de cabelo azul, usuária casual de drogas e revoltada. Seu sonho é terminar a escola e ir para bem longe dos pais e da cidade pequena onde vive. John é policial com apenas 19 anos (somente dois a mais que Meg, que tem 17) e decidiu abrir mão de ir para longe para ficar (o que ela não entende e questiona sempre que pode). Ele é o oposto dela, certinho, controlador e extremamente fiel à lei. Os dois carregam marcas e traumas do passado.

Meg queria viajar para Miami nas férias de primavera, mas após ela e seus amigos serem flagrados em um local proibido da cidade, a ponte da linha férrea, ela e John passam a ter que conviver juntos durante as rondas noturnas dele como punição para a garota, e ela passa as férias patrulhando na cidade. Durante os períodos em que ficam juntos eles vão se conhecendo melhor, descobrem coisas em comum, como terem frequentado a mesma aula na escola, e notam a atração que cresce entre os dois. Por serem opostos, soltam farpas o tempo todo, mas isso é legal, porque eles aprendem e amadurecem a cada capítulo. Ele é o que falta na vida dela e vice versa. A organização na desordem, o descontrole no controle excessivo e por aí vai. 

 “(...) Com Eric,  eu  ficava  pensando  em  outras  coisas. Com  John,  não  havia  nada mais além dele.”

Honestamente, esperava que “o caminho sem volta” que fala na sinopse fosse algo muito mais sério e chocante, não é. Os dois tinham um segredo, algo que muda e explica tudo (clichê, mais do mesmo). Senti falta de aprofundamento na história dos traumas do John e acho que os da Meg poderiam ter sido mais elucidados. Algo bem bacana é que a autora abordou com clareza temas polêmicos, e bastante pertinentes, que expõem o lado sombrio da adolescência, como o envolvimento com drogas, álcool, rebeldia e sexo sem compromisso. Talvez por isso eu não indicasse o livro a pessoas muito novas.  

Não consegui criar simpatia por nenhum personagem secundário além da Tiffany e do Will, os outros são mal construídos e vazios, não dá para conhecer de verdade nenhum deles. Em um momento da história eles estão lá e no outro simplesmente sumiram sem nenhuma explicação. Ou aparecem do nada, ou somem do nada. Não gosto disso.

Apesar dos contra, eu adorei o livro. Como já disse lá em cima, ele é leve e tem drama e romance na medida certa. A narrativa é boa, cativante e a leitura flui perfeitamente. O livro não é tão extenso, então consegui terminar em um dia.

Se eu indico? Yep! 

  

  

   Muitas pessoas adoram ouvir música enquanto leem, outras detestam. Já eu não costumo ler escutando música, eu me desconcentro, começo a prestar atenção na letra da canção e fico dividida entre cantar e ler. Por isso só ouço música enquanto leio se houver muito barulho externo, isso ajuda a me desligar e me concentrar somente no livro. Então, resolvi compartilhar oito músicas que gosto e deixo rolando enquanto mergulho nas histórias. 

1. Carousel –  Vanessa Carlton

2. Slow Motion – PHOX

São essas, espero que elas também sirvam para te desligar de todo o resto. :D

Sobre o evento: não há o que falar, só sentir

Pois é amigos leitores (olhem como eu sou formal B-) ) a Bienal do Livro Rio 2015 está destruidora. Sim, isso mesmo. Tem autor e painel para tudo quanto é gosto, e isso é simplesmente demais! Este ano ela será entre os dias 3 e 13 de setembro e a linda aqui está pirando porque ninguém menos que Colleen Houck, Colleen Hoover, David Nicholls, Julia Quinn e Sophie Kinsella estarão lá (AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH SOS).

Para quem não sabe, a Bienal do Livro é o maior evento literário do Brasil, que nada mais é do que um grande encontro de leitores, é uma super oportunidade de aproximar o leitor dos seus autores favoritos e conhecer novos. A nossa rave (literária) durará onze dias, e será sediada no Riocentro. Terão espaços dedicados à debates, bate papos com personalidades e escritores e atividades culturais que promovem a leitura (que amor isso gente ♥).

XVII Bienal Internacional do Livro Rio 2015

3 a 13 de setembro

Local do Evento

Riocentro

Av. Salvador Allende, 6555 – Barra da Tijuca

22780-160 – Rio de Janeiro – RJ

Horários de Funcionamento
3 de setembro: 13h às 22h
7 de setembro (feriado): 10h às 22h
Durante a semana: 9h às 22h
Fins de semana: 10h às 22h

Valor do Ingresso 

Inteira
R$ 16,00

Meia-Entrada*
R$ 8,00

Gente, sabe aquelas histórias que você não lê, mas devora? Então, selecionei esses 15 livros (o que foi muito difícil porque eu queria colocar uma lista com trocentos, mas aí cheguei a conclusão que 15 é um número bom!) que eu simplesmente devorei, alguns em horas, outros um dia, dois ou três..

Prontos? Iupi! 

1 – A Vida na Porta da Geladeira  – Alice Kuipers

2 – Um Caso Perdido (Hopeless) –  Colleen Hoover

3 – Fiquei Com Seu Número  –  Sophie Kinsella

4 – Série A Seleção – Kiera Cass

5 – Trilogia Jogos Vorazes – Suzanne Collins

6 – Trilogia Divergente – Veronica Roth

7 – Esta É Uma História de Amor  –   Jessica Thompson

8 – Eu Acho que Amo Você  – Allison Pearson

9 – Saga A Maldição do Tigre  – Colleen Houck

10 – A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista  – Jennifer E. Smith

11 – Série Maze Runner – James Dashner

12 – O Segredo de Emma Corrigan  – Sophie Kinsella

13 – Perdida/Encontrada – Carina Rissi

14 – Trilogia A Ovelha e o Dragão  – Renata Martins

É isso! Espero que você devore também, cada um deles! Amo todos, e não é pouco, eles tem um lugarzinho especial no meu core. Inclusive, fiquei até com vontade de ler de novo xD mas acho que não vai dar porque a pilha de não lidos não para de crescer :'(

Titulo: O Projeto Rosie

Autor: GraemeSimsion

Editora: Record

Nº de Páginas: 320

Nota: 5.0

Sinopse: Para se ter a vida de Don Tillman, não é preciso muito esforço. Às terças-feiras come-se lagosta com salada de wasabi (seguindo um roteiro com refeições padronizadas que evitam o desperdício de ingredientes e de tempo no preparo); todos os compromissos são executados de acordo com o cronograma – alguns minutos reservados para a prática do aikido e do caratê antes de dormir; uma hora para limpar o banheiro; três dias da semana reservados para suas idas à feira – e se, apesar dessa programação, algum desagradável contratempo surgir em sua rotina, não há nada que não possa ser solucionado com meia hora de pesquisa científica. Exceto as mulheres.

Até o momento, a única coisa não esclarecida pelos estudos no campo de atuação de Don, a genética, é o motivo para sua incapacidade de arrumar uma esposa. Para solucionar esse problema do modo mais eficaz, Don desenvolve o Projeto Esposa, um questionário meticuloso que irá ajudá-lo a filtrar candidatas inadequadas a seu estilo de vida: fumantes JAMAIS, e mulheres que se atrasam por mais de cinco minutos ou que usam muita maquiagem estão fora dos critérios pouco flexíveis que o levarão à mulher ideal. O único problema é que um questionário desse tipo exige tempo e dedicação, duas coisas que começaram a diminuir exponencialmente no cotidiano de Don desde que ele conheceu Rosie: fumante, vegetariana e incapaz de chegar na hora marcada. Ou esse era o único problema até Rosie entrar na vida de Don e – despretensiosamente, uma vez que ela nunca se candidatou ao Projeto Esposa – mostrá-lo que a mulher ideal não existe, mas o amor, sim.

Resenha: Não esperava exatamente nada do livro (só que ele não fosse uma decepção total), mas conforme a leitura avançava, me vi ansiosa e completamente apaixonada pelo estranho, sistemático e fofo Don Tillman (Oi Pat de O Lado Bom da Vida). O livro é daqueles gostosos de ler. Que te prendem e quando você se dá conta já são 5h da madrugada.

Apesar de toda essa coisa de encontrar alguém que não se encaixa em nada do que o mocinho considera aceitável ser clichê, o livro tem suas virtudes. A questão da comédia romântica muito bem colocada, com humor e romance em doses reais é um mega acerto do autor (que por sinal me surpreendeu muito justamente por ser um autor, e não uma autora, geralmente não gosto de romances escritos por homens).

O Don é muito fofo, juro. Apesar de ser muito, muito, mas muito metódico, ele acaba sendo uma pessoa maravilhosa e estar dentro da cabeça dele (outro mérito do livro, ser narrado em primeira pessoa, ponto pro autor!) é incrível. O Don não saber como lidar com as pessoas e isso é tão real que a falta de jeito dele chega a ser cômica, ele é cheio de manias desnecessárias e não percebe isso (deixo registrado que enquanto falo de Don estou com um sorriso bobo e ridículo na face). O professor Tillman é um poço de nerdice, e isso é ótimo porque fiquei muitas linhas mais inteligente.

“Fora o fato de você não ter a menor noção de comportamento social, de sua vida ser regrada por um quadro branco e de você ser incapaz de sentir amor... você é perfeito.”

O Gene e a Claudia, os únicos amigos de Don, são um show a parte, sério. São um casal nada convencional, mas que amam Don em toda a sua confusão mental, eles o amam, e o respeitam, o que é mais importante. O Gene é doidinho, mas é cativante, um amor. A Claudia, gente, que mulher é essa? Que personalidade e que amor, não só ela, mas o que ela tem e dá, sabe?

O livro é uma total quebra de paradigmas sociais e sobre as interações sociais. O que estamos fazendo com elas? O que estamos fazendo com o outro, sabe? As situações que o Don enfrenta por ser diferente são simplesmente revoltantes (e reais!). Enfim, estou me segurando para não encher isso aqui de spoiler.

O Don tinha uma lista com as características aceitáveis em uma esposa, Rosie passa longe de ser ideal, não se encaixa em nenhum filtro do projeto, mas é exatamente sua imperfeição que, mesmo inconscientemente, conquista o coração metódico de Don. Acompanhar as interações entre ele e Rosie foi algo delicioso de se fazer, a forma como eles se encaixavam, mesmo sendo extremos em suas diferenças, era nítida e só eles, ou melhor, ele não percebia. Juro que enquanto lia o livro, imaginei a Rosie exatamente como a Tiffany, também de O Lado Bom da Vida, louca, pirada e totalmente amável. Ela é a desordem que faltava na vida (e na mente) ordenada do Don. Mesmo ignorando o que sentia por Rosie, ele aprende com ela e passa a relevar coisas que antes eram intoleráveis, e isso é lindo, porque afinal, o amor é isso, relevar (e aceitar) as diferenças do outro e abrir mão do que você acha essencial para poder... amar.

Se você espera encontrar aquelas leituras emocionantes que tiram o fôlego, nem pense em abrir O Projeto Rosie. É leve e sutil, mas fascina, emociona e diverte. Não tenho palavras adequadas para descrever o que esse livro me causou. Na última página, me peguei pensando em minhas “competências sociais”... coisas de Don Tillman.

“Eu convidei você para vir aqui esta noite porque, quando percebe que quer passar o resto da sua vida com alguém, quer que o resto da sua vida comece o mais rápido possível.” 

Se eu indico? Super! 

Atriz será Rosie no longa,  que será adaptado do livro de Graeme C. Simsion

Descobrir que um livro vai ser adaptado para um filme o coloca, instantaneamente, na minha lista de metas. "Ah, mas a maioria das adaptações traem o livro", sim, eu sei, e fico louca da vida quando isso acontece. Mas ainda assim, fala sério, não tem coisa mais incrível do que ver aquele personagem que você só pôde, até então, imaginar, ganhando vida na tela!

Existem pessoas que sempre vão odiar adaptações cinematográficas e as que vão amar. Sou meio termo. Algumas eu odeio e saio da sala do cinema maldizendo até a quinta geração do diretor/roteirista, outras eu amo e fico em prantos. Super entendo que entre o livro e o filme existe um abismo infinito que precisa ser preenchido, ok, o problema é mudar algo que afeta totalmente o enredo e muda a essência, gosto não. 

Selecionei algumas adaptações que merecem mil ♥, outras que caíram na zona do ódio e outras que eu não sei se amo ou odeio. Prontos? Iupi! (pode conter spoliers)

1 – Trilogia Jogos Vorazes: mil ♥

Sim, eu não deveria estar falando de Hunger Games, não deveria mesmo. Sou suspeita. Sou culpada. Eu assumo. Eu amo, não, eu sou maníaca... isso! Sou ma-ní-a-ca por Hunger Games. Maluca, fissurada, possessiva. Leio e assisto com uma caixinha de lenços do lado, porque haja coração hein senhores. Os livros são meus xodós literários, vontade de chorar só de falar. As adaptações não poderiam me surpreender mais. Os três filmes lançados até agora (Jogos Vorazes; Em Chamas; A Esperança parte 1) tem todas aquelas cenas que quando você lê logo pensa: isso TEM que estar no filme. Ponto para direção! Outra coisa que eu amo é que os atores simplesmente são os personagens, não poderiam ser outros a interpretar. Os longas conseguem passar a mesma tensão presente no papel, o espectador fica apreensivo com a luta dos personagens  pela sobrevivência, a maneira como eles lidam com os traumas psicológicos, com a manipulação, a questão política, e finalmente o romance que se desenvolve entre a Katniss e o Peeta (para mim nunca se tratou de um triângulo, já que o  Gale, nitidamente, jamais teve chances reais de ficar com a Katniss). Não vou falar dos três filmes separadamente porque a opinião é a mesma: incríveis.

Se eu indico? Com força!

2 – Simplesmente Acontece: mil ♥

Eis um caso em que eu odiei o livro, porém amei o filme. O livro tem umas falhas óbvias e é uma enrolação eterna, cansativo, frustrante e eu não consegui criar empatia alguma pelos personagens principais, Alex e Rosie são dois patifes. Já o filme é lindo, morri de amores pelo Alex e quase gostei da Rosie, que é muito, mas muito imatura. Apesar de o enredo ser aquele onde se passam 10, 20, 30 anos de lenga lenga (everybody sabe que se amam, inclusive eles, mas não ficam juntos e quando parece que tudo vai dar certo acontece alguma coisa, que nesse caso é sempre alguma burrice de um dos dois) o filme consegue cativar o espectador. A história aborda a questão da gravidez na adolescência, divórcios, brigas, sexo, aborto e a mudança para outro país e a “manutenção” da amizade/amor à distância. O filme é clichê, bem adolescente e tem algumas cenas absurdas, mas é fofo.

Se eu indico? Yes!

3 – Divergente: mil ♥ / Insurgente: zona do ódio

Os livros? Eu amei ambos. Apesar de querer matar a Tris em vários momentos, foi uma daquelas histórias que não largo enquanto não chegam ao fim. Como toda distopia, a questão política é bem presente na narrativa e os filmes conseguiram deixar isso bem claro. O longa de Divergente foi uma surpresa muito boa, apesar de quase transformarem o enredo num simples romance, o filme me deixou apreensiva desde a primeira até a última cena. Sabe quando você solta o ar e só então percebe que estava segurando? Fiquei assim em diversas partes. Achei uma pena deixarem algumas cenas, e personagens, super importantes de lado, como a parte mega violenta em que o Peter – que deveria ser malvado e não um bobo – fura o olho de um colega só pela competição, ou o Uriah que deveria ter aparecido, já que ele é super importante no desenvolvimento da trama. Confesso que a escolha do Theo James como Quatro me decepcionou, não que ele não seja lindo, másculo e etc, ele é, mas não é o Quatro. Algo que me assustou foi a forma como o relacionamento entre Tris e Quatro se desenvolveu, um tanto surreal, num dia ela tinha mais medo dele do que da mulher do padre, já que ele era super estúpido com a coitada, no outro eles estavam aos beijos. Oi? Apesar dessas questões bem pontuais, eu gostei de Divergente, mesmo, o filme me conquistou. Já Insurgente, eu odiei o filme, odiei com força. Desacreditei, em algumas cenas, que aquilo se tratava de uma adaptação do livro que eu li. A única coisa que presta no filme são os efeitos, que são perfeitos. O resto, achei totalmente desconexo do contexto, mentiroso em diversas partes, com umas falhas ridículas e cenas de luta muito coreografadas. Se eu nunca tivesse lido o livro, sei que essa análise seria totalmente diferente. Mas, uma vez que você sabe, comparar é inevitável. Se tivessem mudado uma coisinha que não altera a história, beleza. Mas não foi o que aconteceu. Algumas cenas são simplesmente inexplicáveis, por exemplo: briga no trem com os sem facção (??????), testes na Tris para abrir a caixa (QUE CAIXA É ESSA????????), arma que mede a porcentagem de divergência de cada um (De onde saiu isso meu Deus??????) e por aí vai. Fizeram mudanças bruscas e absolutamente desnecessárias. Poderia ficar dias aqui falando de cada coisa que me decepcionou nesse filme, mas vou me conter, já que no fim das contas todas querem dizer a mesma coisa: que bosta de filme. Sai do cinema com a boca aberta, tipo: o que foi isso?

Se eu indico? O primeiro com toda certeza. O segundo só para quem eu não gosto ;)

4 – Maze Runner: mil ♥

Juro que estava morrendo de medo de assistir Maze Runner, já que foi feito pela Fox (que acabou com Percy), mas apesar de o filme, basicamente, se encaixar nos mesmos defeitos de Insurgente, eu gostei. Mudaram algumas coisas, mas nada que alterasse o enredo da história. O cast é perfeito, só me fez amar mais o trio Thomas, Newt e Minho. Efeitos especiais incríveis, O QUE É AQUELE LABIRINTO MINHA GENTE? MEU DEUS! Mil vezes melhor do que o que eu imaginei quando li. No filme, a personalidade dos personagens fica muito nítida para os espectadores, e isso é ótimo porque ajuda a entender melhor a forma como cada um pensa e age. Duas coisas que odiei: A Teresa, mas a odiei nos livros também, então nada novo, e o fato de que algumas situações não foram bem explicadas, aí quem não leu o livro fica tipo: Oi? Outra coisa que me deixou encafifada foi o fato de Thomas e Teresa não se comunicarem telepaticamente. Não que eu não gostei, mas fiquei com uma pulguinha atrás da orelha para saber como vai ser em Prova de Fogo, já que algumas situações simplesmente dependem dessa comunicação telepática dos dois. Mas fora isso, eu amei a adaptação.

Se eu indico? Yep!

5 – Série Percy Jackson: zona do ódio

Sei nem o que dizer, apenas sentir. Juro que quase chorei de desgosto vendo os filmes. Rick Riordan deve ter chorado. Para mim, tanto O Ladrão de Raios quanto O Mar de Monstros (que são os únicos livros da série que viraram filme), são a definição de adaptações decepcionantes. O cast é perfeito e os dois filmes são repletos de ação e isso é muito legal, mesmo. Mas dá para contar nos dedos as cenas que realmente existem na narrativa, enquanto as inventadas são infinitas. A distorção abusiva da mitologia grega é lamentável, e também a inexistência de cenas super importantes no contexto... não sei como conseguiu ganhar sequência. Sem contar que os personagens não têm química nenhuma, e isso faz uma falta gigante. O Percy, no primeiro filme, tem o que, 16 anos? E no livro ele tem 12.  Enfim, estragaram tudo. Inclusive o final que inventaram. Os filmes ficaram bem sem graça, enredo chato que não prende o espectador, a única expectativa que ele cria é: quando vai acabar esse negócio? Eu odiei os filmes, fiquei profundamente decepcionada e, confesso que depois que assisti, temerosa pelo futuro das adaptações. Ainda bem que seguiram outro caminho!

Se eu indico? Nem morta!

6 – As Vantagens de Ser Invísivel: mil ♥

Não tenho palavras para descrever o quanto esse livro é especial e o quanto eu fiquei feliz ao assistir o filme e ver que ele é fiel a narrativa. Sabe aquele livro que te faz repensar sobre tudo, inclusive sobre quem você é? Esse é assim. E sabe o que é mais legal? Conseguiram passar essa essência no filme. O Charlie do livro é doce, altruísta, inteligente, puro... e o do filme também (TKS LOGAN, TE AMO)!!! Uma das coisas que mais admirei foi a precisão com que transformaram as cartas em cenas (o livro é todo escrito em forma de cartas que o Charlie manda para “seu amigo especial”). A química entre os personagens é nítida e o mais legal é a forma como a relação deles vai crescendo a cada cena, como a intimidade começa a ser criada... funguei o filme todo.

Se eu indico? Demais!

7 – O Lado Bom da Vida: indefinido

Não gostei do filme, por nada em especial. Ele é bom, só não me conquistou. Achei o Pat do filme um bobão, não criei o mínimo de afeto por ele, em contra partida, amo o do livro. Fora isso, as cenas são ótimas, muito bem feitas e é engraçada a forma como o Pat e a Tiffany interagem. Lógico que a química entre o Bradley e Jenn contribuiu muito e eles conseguiram deixar a relação dos dois bem próxima da que existe nas páginas. Um super ponto pro filme é que a confusão mental (e a loucura) dos dois fica evidente, e isso rende boas risadas. Outra coisa legal é que o livro tem algumas coisas absurdas e eles conseguiram abordar isso com certa naturalidade no filme, deixando a coisa toda mais “normal”. É uma comédia romântica bem doida, mas que prende o espectador.

Se eu indico? Acho que sim.

8 – Um Dia: mil ♥

Mesmo sendo uma daquelas histórias onde se passam anos e muitos desencontros, eu simplesmente AMO Um Dia. Mais o livro do que o filme. A história fala sobre como os “acasos” podem mudar toda a nossa vida, é linda. Chorei lendo o livro e fiquei esperando isso acontecer com o filme, não rolou. Passei o filme todo pensando: agora vai melhorar, não, calma, agora vai. E isso também não rolou. No livro os sentimentos da Emma são muito mais visíveis e no filme isso não acontece com tanta frequência quanto deveria. O Dexter é um cachorro no livro e no filme isso quase não é perceptível, sem contar que o Jim Sturgess não convenceu nem um pouco. Já a Anne Hathaway é a Emma, indiscutivelmente.  O apelo emocional fica todo por conta da Emma, e eu amo isso, também amo a fotografia e a ambientação do filme, amor puro.  

Se eu indico? Sim, mas não dou expectativas.

9 – O Doador (O Doador de Memórias): Indefinido